terça-feira, setembro 25

We are not on holiday. We are in safari!


Khanimambo

A aventura começou na capital, Winduek.

Atravessei o deserto num caminhão com mais 12 europeus. Percorremos mais de 6.000 km para dar a volta completa no país.

Foram noites a céu aberto. Sem teto. Um forma de encurtar a distância entre os sonhos e as estrelas.

Noites fechados nas barracas, escutando leões e elefantes rondando por perto.

Para aquecer a comida e o corpo, um fogueira toda a noite. Histórias, lendas e prosas de toda a parte do mundo quebravam o silêncio.

A cada dia uma nova paisagem. Um novo cenário para a aventura.

Uma parada e encontramos Franchesca na beira da estrada. Ela faz parte da tribo Herero e curvada perto do asfalto, costurava tecidos como quem tenta juntar partes perdidas de sua história.

Ao final, como num passe de mágica, me entrega uma boneca.

Sua imagem e semelhança.

Levo para o Brasil uma parte de sua história que ficará sempre na minha lembrança.

Mais uma parada e fomos ver os antigos desenhos dos Bushmens gravados nas pedras. Chamile, 21 anos, nos indica a rota.

Subimos e descemos montanhas como quem tenta ler e ver a histórias nas pedras.

Ao final, ela disse até logo, em Damara, um das das línguas locais:

- ! Zoaus !!

Além das letras, saíram sons e estalos de sua boca. Parece mais um canto do que uma simples despedida.

Mais um pouco de estrada, noites no meio do deserto e na fronteira com Angola encontrei Mococó.

Assim como Chamile, também tem 21 anos. Ela é Himba e vive com sua família dentro do deserto.

Tem uma filha que ainda não tem nome:

- É difícil dar nome aos filhos. Estou esperando um sinal.

Toda a manhã pinta seu corpo com um pó vermelho:

- É para fica bonita...

Os Himba acreditam no poder do que podem ver. E sua força vêm do fogo, por isso toda noite levam um pouco de fogo para dentro de suas casas para abençoar e proteger seu sono.

Para conhecer um país é preciso conhecer seu povo.

A cada dia tinha a certeza que estava no fim do mundo. Até que encontrava pessoas andando, animais selvagens, plantas e percebia que o lugar estava cheio de vida.

Mais do que uma aventura ou um safari, esse foi um tempo de conhecer um país, seu povo, seus costumes e sua terra.

Thank you, my friends!

We had the best in Namíbia.

All of you have a place and friend waiting for you in Brazil.

Don't forget: Save water, drink beer!


Khanimambo

Um comentário:

Anônimo disse...

Lucciana,

Come back to Namibia!

We still have more elephantes to see.. hihihi

Great time!

Your friend from the road,

Cris