terça-feira, setembro 25

Quem disse que não podemos voar?


Khanimambo

No começo uma sensação estranha.

Um medo que alguns segundos durassem horas.

O avião era pequeno e quase sem perceber já estava a mais de 4.000 metros de altura.

As dunas, mesmo de longe, não perdem sua imponência. Seguem grandes, mostrando quem dá o tom do deserto.

O oceano parece ainda mais infinito. Na linha do horizonte o sol já caminhava para o descanso, deixando as pequenas casas e poucas plantas douradas.

Nesta altura você tem poucas alternativas:

Seguir viagem ou tentar uma forma diferente de chegar em terra firme.

Foi o que fiz!

Depois de testar ganchos e cordas, mexi meu corpo em direção a única porta recém aberta.

O vento estava forte e soprava em direção contrária ao meu corpo.

Era o último momento para decidir se seguiria ou não em frente.

Mas, a vida nem sempre nos dá o privilégio do tempo da dúvida. Segui não escutando os meus medos.

Foram 35 segundos de queda livre a mais de 140 quilômetros por hora.

Lembro do vento.
Lembro da sensação de queda.
Lembro da adrenalina.
Lembro da vontade de gritar.
Lembro do silêncio.
Lembro e nunca vou me esquecer da sensação de liberdade!

Khanimambo

3 comentários:

PAI disse...

Minha querida sobrevivente!

Quanta aventura! Fotos lindas!
Algumas pessoas extranham sua coragem de ir à Africa em missão pouco turística. Mas isso não me surpreende tanto quanto ver vc. despencar lá de cima, sem saber se havia uma ambulância cá em baixo...

Seu pai orgulhoso e saudoso.

Anônimo disse...

Oi, Lú!

Que emoção contagiante que voce passa para nós!!
Parabéns pela sua ousadia!!
Um grande beijo da prima, Rô.

Anônimo disse...

Lu, vc é doiiiidaaaaa!!!!!!

Que delícia de aventura!!!! E é vc que está a frente dela!

Sua irmã, super orgulhosa!

DRI